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Unidas pela amizade, seleções de Brasil e Israel de Ginástica Rítmica treinam juntas


Mais do que competição, o esporte tem também a capacidade de aproximar povos por meio da cooperação. Foi o que demonstraram as seleções de conjunto de Ginástica Rítmica do Brasil e de Israel, quando ambas, mesmo distantes, treinaram juntas na manhã desta terça-feira.

Empenhada em manter em alta a motivação e a forma física de suas atletas, a Confederação Brasileira de Ginástica emplacou mais uma ação que entra para a história da entidade. Separados por cerca de dez mil quilômetros, os dois conjuntos realizaram o treino simultâneo com a ajuda de um aplicativo de compartilhamento de imagens via internet. A atividade durou mais cinco horas, com treinos físicos, manejo de aparelhos, exercícios de coordenação, dança e coreografias.

Finalista das três últimas edições dos Jogos Olímpicos e já classificado para Tóquio, o conjunto israelense desfruta de excelente reputação na modalidade. O treino online representa um capítulo a mais no histórico de amizade entre as representações de GR das duas nações. Em fevereiro, ao retornar do Grand Prix de Moscou, a seleção brasileira passou alguns dias no CT de Holon, cidade conurbada a Tel-Aviv. As ginastas israelenses e brasileiras se aproximaram graças à intermediação doárbitro potiguar Leonardo Palitot.

O conjunto brasileiro ganhou a medalha de bronze na disputa com cinco bolas da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de 2019

"Nossas garotas se comunicam muito bem. No meio esportivo, cercado por tanta competitividade, costumo destacar que este tipo de experiência é muito importante", sublinhou a simpática treinadora israelense Rahel Faiga.

Satisfeita em meio a mais uma atividade bem-sucedida, Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto e Coordenadora de Seleções da Ginástica Rítmica, espera que em breve o Brasil possa retribuir a hospitalidade que recebeu em Holon. "O que mais desejamos é poder recebe-las tão bem como fomos recebidas. Graças a experiências como essas, quando voltarmos ao ginásio para treinar, estaremos com mais bagagem e experiência", afirmou.

Os treinadores brasileiros e israelenses se revezaram no comando dos exercícios, que foram executados por ambas as delegações. Assim, Rafael Jesus comandou o treino físico, Rhony Ferreira ficou com a parte de isoclass, Camila dirigiu exercícios de flexibilidade e Bruna Martins tocou a parte de ballet. Depois do intervalo, as israelenses Rahel e Noa Kadosh apresentaram interessantes exercícios coordenativos com bolinhas de tênis e manejo de aparelhos. Na parte final, as duas equipes se apresentaram e ao final se divertiram, dançando com a professora de danças urbanas Janaína Amarante.

As ginastas israelenses já podem se exercitar no ginásio de Holon. Já as brasileiras, obedecendo à necessidade de isolamento social, treinaram no interior de seus lares.

Fonte: TERRA

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